A icterícia em recém-nascidos é uma condição na qual os bebês podem apresentar coloração amarelada ou alaranjada na pele, assim como também nas conjuntivas, isto é, no “branco dos olhos”.
De modo geral, ela tende a ocorrer em razão do aumento de bilirrubina na corrente sanguínea, habitualmente porque o fígado do bebê não está totalmente maduro, sendo insuficiente, por exemplo, para se livrar da substância, seja através das fezes ou da urina.
A seguir, entenda o que é, conheça suas causas e como funciona o tratamento para icterícia!
O que é icterícia em recém-nascidos, afinal?
Também chamada de icterícia neonatal, essa condição é, como vimos, um termo adotado para descrever a coloração amarelada de diferentes partes no corpo do bebê, especialmente durante sua primeira semana de vida.
Em geral, ela ocorre em função da imaturidade do fígado, órgão responsável por metabolizar e expelir a bilirrubina, substância que, em excesso, pode provocar tais alterações no rosto, tórax, abdome e membros superiores e inferiores.
Por outro lado, a icterícia também pode estar associada a doenças subjacentes. Portanto, seu diagnóstico passa diretamente por uma completa investigação, a fim de que se possa determinar as causas e estabelecer o melhor tratamento para o problema.
Quais são as causas da icterícia infantil?
Em grande parte, os recém-nascidos, por apresentarem mais células sanguíneas que indivíduos adultos, podem apresentar icterícia de aspecto normal, logo, mais bilirrubina são produzidas quando essas células são destruídas. Nesse caso, a condição é mais comum entre o 2º e o 4º dia de vida e tende a desaparecer após as duas primeiras semanas.
Quando associado a outros fatores, no entanto, a icterícia pode ser notada logo nas primeiras 24 horas de vida, com uma tendência de acentuação próximo ao 4º dia, fato que pode se estender até o 10º dia de vida — e se agravar em no caso de partos prematuros, por exemplo.
Basicamente, os recém-nascidos estão mais propensos a apresentar quadros de icterícia quando:
- nascem prematuramente;
- apresentam dificuldade para receber o leite materno (ou quando o leite materno dificulta a remoção da bilirrubina da sua corrente sanguínea);
- apresenta tipo sanguíneo diferente da mãe, haja vista que a produção de anticorpos materna pode agredir os glóbulos vermelhos do bebê, especialmente se o fator Rh da mãe for negativo e do bebê positivo;
- nasce com problemas genéticos que afetam os glóbulos vermelhos ou apresenta lesões na cabeça (cefalohematoma) no momento do parto.
Como a icterícia é tratada?
Em termos simples, recém-nascidos à termo não necessitam de atenção especial quanto ao tratamento de icterícia. Isso porque, nesses casos, raramente a bilirrubina pode gerar algum risco real à criança. No entanto, em níveis muito altos, o bebê pode sofrer danos cerebrais importantes, sobretudo se associado a outros fatores de risco.
Portanto, o tratamento mais adequado dependerá, basicamente, dos níveis de bilirrubina e da idade do bebê. Nas situações em que a icterícia é muito mais intensa que o normal, os tratamentos disponíveis, incluem, entre outros procedimentos, a realização de fototerapia ou, em casos mais graves, a substituição sanguínea através de transfusões de sangue.
Concluindo, é muito importante procurar auxílio médico sempre que a icterícia em recém-nascidos tiver uma duração superior a duas semanas. Neste caso, alguns testes devem ser realizados para identificar, entre outros fatores, quais as causas do problema.
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