Apesar de sua nomenclatura pouco convencional, a Doença de Osgood-Schlatter é uma condição que afeta boa parte da população jovem. Em geral, este problema está associado a dor frequente na região do joelho e sua intensidade pode ser maior após a prática de exercícios físicos.
Mas, afinal, o que é a Doença de Osgood-Schlatter? Como diagnosticá-la corretamente? Quais são as opções de tratamento disponíveis? Neste post, esclarecemos estas e outras dúvidas sobre o assunto. Quer saber mais? Então, continue a leitura!
O que é a Doença de Osgood-Schlatter?
A Doença de Osgood-Schlatter (DOS) é um distúrbio que leva a uma lesão autolimitada, provocada normalmente por anomalias nas placas de crescimento de adolescentes que estão passando por um período de rápido desenvolvimento, sobretudo durante a fase do chamado “estirão puberal”.
Basicamente, a DOS afeta pessoas do sexo masculino e feminino com idade entre 9 e 14 anos, já que está é nesta fase (durante a puberdade) que os adolescentes têm seu crescimento acelerado. De incidência maior em indivíduos do sexo masculino, a doença é mais comum em praticantes de atividades físicas de alto impacto.
O que pode causar este tipo de problema?
Infelizmente, as causas da Doença de Osgood-Schlatter ainda são pouco conhecidas, mas, associa-se, em grande parte, a questões genéticas. Além disso, estima-se que ela esteja associada a pressão excessiva sobre o tendão patelar — na região em que este fixa-se a tíbia, denominada tuberosidade tibial.
Em termos práticos, a DOS se caracteriza pela elevação do tubérculo tibial em razão da separação do tendão patelar. Provocada, portanto, por uma fratura de estresse, forma-se um novo osso desviado e proeminente. Outro detalhe sobre esta condição é que, embora possa se apresentar de maneira assimétrica, cerca de 25% e 50% dos casos se desenvolvem bilateralmente.
Dessa forma, tendo em vista a intensidade da prática esportiva, o tubérculo tibial se mantém em um constante processo de micro lesões que, por sua vez, provocam uma proeminência do tubérculo. Consequentemente, no longo prazo, há tanto complicações estéticas quanto funcionais do joelho.
Quais são os sintomas da Doença de Osgood-Schlatter?
Via de regra, as queixas mais comuns associadas à Doença de Osgood-Schlatter são dor aguda na parte inferior do joelho — que pode se intensificar, consideravelmente, a partir da prática de atividades físicas ou diminuir quando o paciente repousa. Em fases iniciais, a doença pode também apresentar sintomas progressivos e frequentes.
Qual o diagnóstico da doença de Osgood-Schlatter?
O diagnóstico é comumente dado por um especialista em ortopedia e consiste basicamente na avaliação clínica e física do paciente. Caso seja observado, por exemplo, a formação de edemas, o adolescente acometido pode reagir ao toque indicando dor, o que, por sua vez, acaba acendendo um sinal de alerta para esta condição.
Sendo assim, o especialista pode solicitar exames de imagens para confirmar o diagnóstico, especialmente quando os sintomas declarados diminuem sua intensidade, se mantido o paciente em repouso. É válido destacar, porém, que em caso de radiografias, as alterações apresentadas podem não ser suficientes para detecção da lesão, contudo, são essenciais para descartar outro tipo de lesão.
Como tratar essa doença?
O tratamento da Doença de Osgood-Schlatter, por sua vez, consiste basicamente em uma mudança de hábitos, principalmente relacionados à prática de atividades físicas. Isso, pois, não há a necessidade de uma intervenção cirúrgica invasiva, por exemplo.
Em alguns casos, pode ser também necessário o uso de analgésicos, anti-inflamatórios e algumas sessões de fisioterapia para devolver ao paciente uma melhor qualidade de vida. Portanto, a Doença de Osgood-Schlatter deve ser melhor investigada o quanto antes, a fim de minimizar seus efeitos negativos sobre a rotina dos adolescentes. E então, leitor. O que achou deste conteúdo? Se ficou alguma dúvida, basta compartilhá-la conosco, deixando seu comentário abaixo!