Andar na ponta dos pés: o que é e quais as causas mais comuns

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Via de regra, todo bebê passa por diversas fases durante o seu desenvolvimento. Antes de começar a dar os primeiros passos, por exemplo, é comum que eles aprendam a engatinhar. Sendo assim, andar na ponta dos pés é, em geral, uma situação normal, pois a criança ainda está aprendendo a se equilibrar.

Quando este hábito se prolonga por mais tempo do que o normal, porém, pode indicar uma condição chamada “marcha equina”. Ou seja, em alguns casos, pode ser indicativo de um problema importante — relacionado à imaturidade do sistema nervoso.

Continue a leitura e saiba mais sobre essa condição que afeta crianças que estão começando a andar!

O que é andar na ponta dos pés, afinal?

De modo geral, toda criança começa a caminhar de maneira independente a partir dos 12 meses de vida. Contudo, em alguns casos, esse período pode variar entre 16 e 18 meses até que a criança adquira total independência.

Nessa etapa, é muito comum que os bebês tentem se equilibrar de diferentes maneiras — justamente por isso, a maioria deles passa algum tempo andando na ponta dos pés, isto é, sem tocar os calcanhares no chão.

Quais são as causas da marcha equina?

Normalmente, durante a fase prematura da marcha, andar na ponta dos pés se dá simplesmente pela falta de controle motor do bebê. Vale lembrar que durante os primeiros meses de vida, a criança não apresenta uma coordenação muito bem desenvolvida.

Sendo assim, ela pode caminhar boa parte do tempo sobre a ponta dos pés e apenas apoiar todo pé no chão enquanto estão paradas. Porém, em alguns casos a imaturidade do sistema nervoso central pode comprometer a caminhada das crianças.

Portanto, são necessários tratamentos específicos quando o problema persiste além do tempo. Resumindo, a marcha equina apenas se caracteriza como um problema quando tal posição se mantém por longos períodos.

Fatores de risco

Dentre as suspeitas mais comuns para explicar a marcha incomum dos bebês, muitos pais associam o movimento a transtornos do espectro autista. No entanto, outras condições clínicas também provocam esse tipo de marcha. São elas:

  • Tensão no Tendão de Aquiles: o músculo da panturrilha é, em boa parte dos casos, responsável por desordens no ritmo dos passos de crianças em fase de aprendizado. Sendo assim, quando o tendão é encurtado, acaba tensionando a região, impedindo que o bebê toque o calcanhar no chão durante a caminhada;
  • Paralisia Cerebral: doenças relacionadas a alterações neurológicas podem interferir na postura das crianças, inclusive comprometendo a qualidade dos seus movimentos;
  • Atrofia muscular: assim como o encurtamento do Tendão de Aquiles, a distrofia muscular é uma condição que torna os músculos mais frágeis, gerando assim um cenário mais propício para a marcha equina.
  • TEA: embora suas causas sejam desconhecidas, cerca de 30% das crianças com diagnóstico positivo para o Transtorno do Espectro Autista podem andar na ponta dos pés. Assim, quando ocorre de forma persistente, é possível que a condição esteja relacionada.

Como tratar quem anda na ponta dos pés?

De modo geral, a melhor abordagem terapêutica dependerá exclusivamente das causas e extensão do problema. Contudo, normalmente a marcha equina é tratada a partir de sessões de fisioterapia associada ao uso de aparelhos que corrigem a posição dos músculos e permitem um melhor alongamento dos mesmos.

Em outras circunstâncias, a criança com tendência a caminhar na ponta dos pés pode ser submetida a uma cirurgia. Neste caso, porém, verifica-se o insucesso no tratamento convencional, antes de se propor um tipo de intervenção mais invasiva, como a cirurgia.

Pronto. Agora você já sabe que andar na ponta dos pés pode ser indicativo de diversos problemas, bem como ser também um movimento natural dos bebês que estão em processo de aprendizagem. Se gostou deste conteúdo, compartilhe-o em suas redes sociais!

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